Para obter a máxima produtividade e consequente rentabilidade em um processo de compactação, é essencial considerar que passadas em excesso não só não aumentam o nível de compactação, como também ocasionam a chamada super compactação superficial que é a destruição de uma estrutura que acabou de ser formada, além de perda de produção e desgaste excessivo do equipamento, principalmente por impacto em superfície já endurecida, conhecido como efeito bouncing. Outra estratégia interessante para os rolos tipo pé de carneiro, é utilizar a quantidade adequada de patas.

Os rolos pé de carneiro tem seu nome originado da época do Império Romano, onde eram usados carneiros para compactar suas estradas. As manadas de carneiros passavam por cima dos aterros até que se chegava ao grau de adensamento considerado suficiente.

Os carneiros se foram, mas tanto naquela época quanto hoje, quanto mais patas, maior a área de contato e melhor será o fechamento e o acabamento da camada. Isso é claro partindo da premissa que as mesmas já tenham um design otimizado para que peso do rolo seja transmitido ao terreno com a pressão adequada.

Um dos principais fabricantes deste tipo de equipamento, a DYNAPAC, realizou um interessante teste para comprovar e mensurar este impacto.

Utilizando rolos compactadores de grande porte modelo CA 250, com tecnologia Dynapac, foram realizados testes em um mesmo tipo de solo, com diferentes quantidades de patas: 140 e 150.

No gráfico abaixo, é possível observar que o uso de 150 patas, devidamente posicionadas e com o formato adequado, permite atingir um grau de compactação superior aos 98% necessários para a aprovação de uma camada de aterro na maioria dos casos, com apenas 4 fechas (8 passadas), enquanto que utilizando 140 patas, são necessárias 6 fechas (12 passadas) para chegar quase que exatamente ao mínimo necessário.

Isso significa uma diminuição de 33% no tempo de execução da camada. (ganho de produtividade). Esta marca consegue ser atingida sem aumentar o peso do módulo dianteiro, apenas com o aumento da quantidade de patas e mantendo o equilíbrio de distribuição de peso do rolo compactador.

No âmbito de quatro anos, portanto, conclui-se que um mesmo equipamento em operação contínua, consegue gerar a receita adicional equivalente a um ano inteiro de trabalho. Em 20 anos, ganham-se 5!

E este cálculo nem leva em consideração que quanto maior o tempo da obra, mais ela fica sujeita a problemas com turnos de pessoal ou mudanças climáticas.