Com apoio do instituto Falcão Bauer, a Revista EAE máquinas analisa qual o rolo compactador mais produtivo do mercado.
Seja qual for o equipamento, todo fabricante sempre é “mãe coruja”. Em seus materiais de marketing, sempre irá posicionar seu equipamento como o melhor do mercado. E no meio de tantos dados técnicos e variáveis, o usuário pode ficar um pouco confuso em relação à qual escolha trará os melhores retornos de seu investimento. Então nada como um teste para analisar na prática, o que mais importa para o usuário: produtividade.
Em 31 de agosto de 2015 em obra do Aeroporto Viracopos, em Campinas (SP), foi realizado um interessante teste pela revista EAE Máquinas e o Instituto Falcão Bauer.
Sobre um terreno com aproximadamente 70 x 40 metros quadrados em uma camada de 30cm de solo, seis rolos compactadores buscaram atingir 100% do proctor, para exigir o máximo de produtividade.
1.IDENTIFICAÇÃO DA(S) AMOSTRA(S)
Amostra coletada pela equipe técnica da L.A. Falcão Bauer no dia 28/08/2015 e recebida no laboratório central na mesma data, conforme identificações abaixo:
Identificação Interna | Local da Coleta | Identificação Tátil Visual |
AM 1089 | Obra | Argila Siltosa Vermelha |
2. METODOLOGIA(S) UTILIZADO(S)
ABNT NBR 7182-1968 – Ensaio de compactação
3. RESULTADO(S) OBTIDO(S)
3.1. Ensaios de Compactação, Granulometria por Peneiramento, Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade.
AM. 1089
Ensaio de Compactação |
Energia | Normal |
Densidade Máxima Seca (g/cm³) | 1,524 |
Umidade Ótima (%) | 22,0 |
4. DATA DO(S) ENSAIO(S)
Ensaios realizados no periodo de 28/08 a 03/09/2015.
1.IDENTIFICAÇÃO DA(S) AMOSTRA(S)
Amostra coletada pela equipe técnica da L.A. Falcão Bauer no dia 31/08/2015 e recebida no laboratório central na mesma data, conforme identificações abaixo:
Identificação Interna | Local da Coleta | Identificação Tátil Visual |
AM 1089 | Obra | Argila Siltosa |
2. METODOLOGIA(S) UTILIZADO(S)
ABNT NBR 7182;1968 – Ensaio de compactação
ABNT NBR 7181;1964 – Solo – Analise Granulométrica
ABNT NBR 6459;1964 – Limite de Liquidez
ABNT NBR 7180;1964 – Limite de Plasticidade
3. RESULTADO(S) OBTIDO(S)
3.1. Ensaios de Compactação, Granulometria por Peneiramento, Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade.
AM. 1090
Ensaio de Compactação |
Energia | Normal |
Densidade Máxima Seca (g/cm³) | 1,594 |
Umidade Ótima (%) | 22,0 |
Análise Granulométrica por Sedimentação |
Peneiras | % que passa |
1/2′ (12,7 mm) | 100,00 |
3/8′ (9,52 mm) | 99,9 |
n’ 4 (4,76 mm) | 99,8 |
n’ 10 (2,00 mm) | 98,8 |
n’ 16 (1,19mm) | 98,4 |
n’ 30 (0,6 mm) | 97,3 |
n’ 40 (0,42 mm) | 96,8 |
n’ 60 (0,25 mm) | 92,0 |
n’ 100 (0,143 mm) | 80,8 |
n’ 200 (0,075 mm) | 65,1 |
Determinação do Limite de Liquidez e Plasticidade |
Limite de Liquidez (%) | 33 |
Índice de Plasticidade (%) | 0 |
Classificação de HRB |
Classificação HRB | A-4 |
Índice de grupo | 6 |
Relatório de classificação do solo. Fonte: instituto Falcão Bauer.
Participaram do teste os seguintes rolos compactadores:
ASC 110 da Ammann, Dynapac CA 250PD , Bomag
BW212, CP54B da Caterpillar, 3411 da Hamm, e um Volvo SD105.
Todos equivalentes em posicionamento de mercado e aplicações recomendadas pelos fabricantes.
Participaram também do teste, como consultores, o professor Josué Roso (FATEC), os engenheiros Wanderley Nunes (Camargo Corrêa), Antonio Henrique S. Miranda (Odebrecht), e as jornalistas Solange Suzigan. A assessora de imprensa, Fernanda Gehrke, representando a DYNAPAC, esteve presente para acompanhar e documentar esse teste.
Cada fabricante enviou uma equipe técnica para acompanhar e garantir que o equipamento operasse nas condições ideais recomendadas. Foram 4 horas de teste, considerando tempo para medições e ajustes, divididos em testes de compactação, análise ergonômica consumo de combustível, conforto, operação e manutenção dos equipamentos.
O teste iniciou com uma análise de compactação dividida em 2 baterias onde o objetivo era atingir 100% do grau proctor no menor tempo possível. Ai então teríamos um valor de produção de cada equipamento.
Primeira bateria: cinco fechas, cada fecha equivale a uma ida e uma volta do equipamento, ou seja, 2 passadas. O tempo tomado pelos participantes ficou entre 10 e 13 minutos. Os valores obtidos variaram entre 97% a 100% do proctor normal.
Segunda bateria: Em uma segunda tentativa, já com uma nova estratégia traçada pelos fabricantes, com base nas medições da primeira bateria e adição de um segundo critério: a evolução da compactação e os tempos por fecha.
Foram feitas 3 medições: na terceira, quarta e quinta fechas.
Os resultados constatados pela equipe do Instituto Falcão Bauer foram:
Nessa segunda tentativa, somente o Dynapac CA 250PD atingiu 100% de compactação, e isso logo na segunda tentativa.
O modelo CAT CP54B bateu na trave no quarto teste, ao atingir 99.9% da compactação, melhor resultado da máquina com cinco passadas. Este mesmo número foi alcançado pelo Bomag BW212, na quinta tentativa, também com cinco passadas. O modelo ASC 110 da Ammann chegou a marca de 99,7% no quinto teste realizado, com cinco passadas. O 3411 da Hamm chegou a 99.4% de compactação, no quinto ensaio, igualmente feito com cinco passadas.
Para quem acha pequenas as variações alcançadas no teste, vale lembrar que apenas 1% na densidade proctor influenciará entre 10% a 15% na capacidade de carga do terreno. Suficiente para provocar grandes desastres. No universo da construção civil todos temos plena consciência que se o grau de compactação estiver 0,1% abaixo do especificado, o trecho não é liberado e se faz necessário o retrabalho, pois os danos podem ser enormes. Todos sabemos que retrabalhos é desperdício de tempo e dinheiro.
O equipamento também foi eleito pelos consultores participantes como foi “melhor design de linhas” e “mais fácil de operar”, avaliado pelos operadores. Esses itens são essenciais para uma boa performance no campo e destaca os produtos perante seus concorrentes.
No quesito ‘tecnologia embarcada”, somente o rolo compactador ofereceu o medidor de compactação – DCM (Dynapac Compaction Meter) no teste.
Confira o detalhamento das medições e resultados na tabela abaixo:
Ammann | DYNAPAC | Bomag | Hamm | Caterpillar | Volvo |
12’05” | 10’32” | 13’45” | 11’47” | 11’05” | 11’12” |
12,1 min | 10,33 min | 13,75 min | 11,8 min | 11,1 min | 11,2 min |
0,20 h | 0,17 h | 0,23 h | 0,20 h | 0,19 h | 0,19 h |
3,5 km/h | 4,1 km/h | 3,0 km/h | 3,7 km/h | 3,7 km/h | 3,7 km/h |
Tabela de velocidades média da última bateria.
Fabricante | Ammann | DYNAPAC | Bomag | Hamm | Caterpillar | Volvo |
Nº de fechas | 5 | |||||
Nº Ensaio Falcão Bauer | 15 | 20 | 25 | 10 | 5 | 30 |
Compactação | 99,70% | 100% | 99,90% | 99,40% | 99,90% | 100% |
Tempo | 12’05” | 10’32” | 13’45” | 11’47” | 11’05” | 11’12” |
Tabela resumo da segunda bateria.
Com essas informações podemos calcular a produção média de cada equipamento durante o teste.
Para calcular a produção de equipamentos de compactação vamos utilizar a seguinte fórmula: