Na civilização primitiva, os métodos de compactação do solo empregavam as forças dinâmicas de animais e homens. O movimento dos pés (ou cascos) é semelhante em alguns aspectos ao movimento de um tambor de compactação.

Método chinês de compactação do solo que empregava a teoria da amplitude variável.

Método chinês de compactação do solo que empregava a teoria da amplitude variável.

Com os romanos vieram o avanço da civilização e da arte de construção de estradas. O método romano de construção de estradas baseava-se em primeiramente fazer um corte na largura da estrada planejada, profundo o suficiente para segurar o preenchimento. A terra na parte inferior do corte era compactada com o uso de compactadores pesados e uma fundação com camada de pedras era colocada sobre esta base. Esta camada era, então, coberta com uma outra de 9 polegadas de concreto. Em seguida, mais uma de 6 polegadas de concreto fino era aplicada, no qual eram inseridos blocos de pedra. Esta última camada era compactada com um cilindro de pedra rebocado.

Por volta de 1815, John London MacAdam, um engenheiro escocês, introduziu uma técnica de pavimentação na qual se misturavam pequenas pedras com barro ou pó de pedra. A superfície, então, era compactada e essa mistura era quase tão dura quanto o concreto.

Em 1869, uma inovação da Inglaterra, conhecida como “rolo compressor” (não confundir com os ROLOS COMPACTADORES de hoje), foi usada em Nova Iorque. Este tipo de rolo liso com rodas provou ser muito eficaz na construção de rodovias há quase um século.

Depois disso, houveram poucas evoluções e só na década de 1930, a compactação vibratória dos solos foi primeiramente empregada na Alemanha, no início da construção de seu sistema rodoviário.

Já o rolo compactador tipo pé-de-carneiro surgiu na Califórnia, na mesma época, com tambores de mais de 1 metro e área de contato de 5 a 8 cm².

Capazes de alta força de impacto associada a uma alta amplitude, os rolos “pé-de-carneiro” são hoje muito usados em compactação de áreas confinadas e evoluíram para uma grande variedade de modelos, incluindo versões miniaturizadas e controladas remotamente para compactação de valas.

Em 1933, R. R. Proctor publicou suas teorias sobre o efeito do teor da umidade nos resultados da compactação. Proctor inventou métodos de teste para a determinação da umidade ótima e, também, procedimentos para determinar a compactação em campo.

Na década de 1940, surgiu o primeiro rolo vibratório rebocado para a compactação de solo, fabricado nos Estados Unidos.

Após a Segunda Guerra Mundial, o Corpo de Engenheiros do Exército realizou uma série de estudos de compactação de argila, no Parque Militar de Vicksburg, no Mississipi, e demonstrou a importância do desenvolvimento de projetos de novas máquinas para o adensamento do solo por pressão de contato.

Em 1947, surgiu a roda de trator instalada no compactador que permitiu velocidades mais altas (13,5 mph).

Compactador com roda de trator, que surgiu em 1947.

A seguir vieram duas importantes inovações:

• Ainda em 1947 foi lançado o primeiro compactador de placa vibratória do mercado pela Dynapac.

• Em 1953 foi lançado o primeiro rolo compactador tipo tandem, também pela Dynapac.

Em 1960 um importante marco foi o desenvolvimento de um rolo vibratório para a compactação de massa asfáltica quente. Nesta mesma década, em 1969, surgiram os rolos vibratórios com dois tambores. E a partir daí, sua evolução se acelerou, originando soluções cada vez mais diversificadas e especializadas para todos os tipos de solo, pavimentos e situações de aplicação.

Atualmente, as palavras de ordem entre os fabricantes são produtividade e sustentabilidade. Tecnologias que permitem mais agilidade, manobrabilidade e eficiência energética com menor consumo de recursos naturais diferenciam cada vez mais a nova geração de rolos compactadores das anteriores.

Tanto na eletrônica embarcada quanto na engenharia construtiva, esta nova geração traz inovações como:

– Cabine de alta visibilidade para manobras mais ágeis.

– Comandos eletrônicos para operação rápida e precisa.

– Maior autonomia para tanques de água e combustível.

– Motores mais potentes e com menor consumo de combustível.

– Design orientado para operação em locais confinados.

– Tração e vibração nos cilindros dianteiros e traseiros.

– Alta velocidade com transmissão automática.

– Arquitetura que facilita a manutenção.

– Gerenciamento eletrônico da área compactada.

Para o futuro, talvez a mais importante tendência seja a compactação inteligente, conceito onde o rolo compactador mede a densidade relativa do solo no qual está atuando e se auto ajusta em tempo real para um melhor resultado final.

Todas essas evoluções certamente acompanharemos juntos aqui no Construction Blog.