Antiaderentes para rolos compactadores de pneus são um complemento quase que essencial para se preservar a vida útil do equipamento e aumentar a qualidade da obra. Por serem produtos bastante específicos, não existem muitas opções no mercado, e dentre estas opções constatamos grandes variações em suas formulações, algumas, oferecendo riscos muito indesejáveis.

Por exemplo, um produto com alta solubilidade terá melhor aplicação e tornará a mistura mais homogênea e estável.

Já nos casos de fórmulas com baixa solubilidade, a mistura será heterogênea concentrando-se com maior densidade no fundo do tanque. Essa parte da mistura, mais viscosa, ocasiona danos em seu rolo compactador, tais como:

– Entupimento dos bicos aspersores.

– Quebra da bomba de aspersão, devido ao sistema de bombeamento ter que efetuar um esforço acima do projetado, para movimentar o líquido até os bicos que estão entupidos.

Outro aspecto importante é dar preferência para produtos desenvolvidos à base de óleo vegetal, sem solventes em sua formulação. Muitos acham que para garantir uma boa solubilidade é necessária a presença de solventes, mas isso não é verdade. As melhores fórmulas do mercado combinam óleo vegetal com aditivos que garantem eficácia e segurança.

É realmente importante evitar a presença de solventes, pois eles provocam danos aos componentes plásticos do sistema de aspersão, causando ressecamento dos bicos, dutos e componentes internos da bomba, que depois trincam gerando vazamentos.

Além disso, os solventes também poderão entupir os filtros do sistema de aspersão que servem para evitar que impurezas obstruam o fluxo de água. Os solventes fazem com que os elementos filtrantes comecem a se desintegrar em pequenas partículas que, irão provocar, justamente, os entupimentos que os filtros deveriam evitar.

E o maior prejuízo de todos: como os solventes reagem com o betume presente na massa asfáltica, isso provocará o envelhecimento precoce do pavimento. E se a empresa responsável pela obra oferece garantia contratual de qualidade, isto representará altos custos de reparo.

Se você tiver dúvidas quanto à formulação de seu antiaderente, existe uma forma simples e rápida para checar: o teste do copinho de plástico.

Pegue um copinho plástico descartável comum e encha com o antiaderente, sem diluir. Deixe em um local reservado por, no mínimo, 1 semana. Se o produto tiver solvente vai reagir com o plástico do copinho, furar e vazar.

E, para saber se o produto possui boa solubilidade, faço o teste utilizando uma garrafa do tipo “PET”. Neste caso, ao contrário do primeiro teste, você deverá diluir o produto conforme indicado no rótulo, seguindo as orientações do fabricante. Se a solubilidade for baixa, ocorrerá um adensamento no líquido na parte inferior do recipiente após um tempo curto (aproximadamente 1 dia).

Um copinho e uma garrafa custam centavos e podem evitar prejuízos de dezenas de milhares, ou até de milhões, de reais com troca de peças e máquinas fora de serviço quando se trata de refazer uma pavimentação prejudicada por solvente.